Munique – 2005

Ao assistir o filme Munique, um dos principais pensadores que me vem à mente é Maquiavel e a sua leitura de conquista e manutenção do poder político, em “O Príncipe”. Ao separar a ética da política o pensador florentino se contrapõe à idéia vigente baseada em Aristóteles, para quem a política era uma extensão da ética, sendo as coisas vistas em termos claros, de certo e errado, justo e injusto, correto e incorreto. Para ajudar na compreensão da relação do pensamento de Maquiavel com o que é retratado na película, basta perceber que a resposta à questão não é tratada do ponto de vista ético, mas sim do ponto de vista cirúrgico, ou seja, extirpar o mal para manter o Poder. Para ilustrar, uma frase do pensador florentino: “os povos revoltados devem ser amputados antes que infectem o estado inteiro”. O filme em questão trata do ataque terrorista realizado pelo grupo palestino Setembro Negro, que invadiu a Vila Olímpica e matou os integrantes da equipe atlética israelense. Pouco depois o Estado de Israel resolve contra-atacar, envia Avner (Eric Bana), agente do Mossad, e seu grupo para eliminar onze homens apontados como responsáveis pelo atentado. A atitude “cirúrgica”, com o desenrolar da trama, parece incomodar Avner.

Ficha Técnica

Título Original: Munich

Ano de Lançamento (EUA): 2005

Direção: Steven Spielberg

 

Filme (legendado)