2001: uma odisséia no espaço – Trilha sonora

Danúbio Azul (Johann Strauss II)

 

Assim falou Zaratustra (Richard Strauss)

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Cabra-Cega – 2005

Ao assistir a inquirição do Senador Agripino Maia (DEM) à Ministra Dilma Rousseff, ouviu-se instigá-la a falar a verdade, pois, segundo ele, Dilma já havia mentido anteriormente. Maia relata um depoimento sobre o período da ditadura: “… a prisão [fala Dilma] é uma coisa em que a gente se encontra com os limites da gente. É isso que às vezes é muito duro. Nos depoimentos a gente mentia feito doido, mentia muito…” A ministra, diante da provocação, responde que: “qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira, só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira… fui barbaramente torturada… e quem ousar dizer a verdade para seus torturadores compromete a vida de seus companheiros.” Esse depoimento remeteu-me ao filme Cabra Cega...

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O segredo – 2006

Aos leitores que já assistiram a este filme, ou aos que pretendem assistir. Não há segredo! Melhor dizendo, há um segredo não revelado. Não explícito. Não pensem que é a famosa Lei de Atração, que segundo a produtora, alguns dos principais líderes, através desse conhecimento, mudaram o rumo da história, como Platão, Da Vinci, Galileu, Beethoven, Lincoln, Einstein entre tantos outros. Para fundamentar essa teoria do sucesso, são apresentados depoimentos de pessoas bem-sucedidas que contam como utilizaram o método para se darem bem em seus trabalhos. O filme ressalta a afirmação do indivíduo sobre o estado e a sociedade, a defesa do indivíduo sobre o coletivo, o conceito ideológico do liberalismo...

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Terra de ninguém – 2001

Para os gregos antigos a guerra era justificável. Sócrates contentava-se em ser um bom soldado e defender Atenas, Aristóteles justificava a escravidão através da guerra. Na idade média São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, apresentava-nos três pontos a serem preenchidos para se ter uma guerra justa: a) ser declarada por uma autoridade legítima; b) sê-lo por uma causa justa; c) ser conduzida sem ódio e excluindo a mentira. No período Iluminista uma das idéias dominante era o projeto de Paz Perpétua entre as nações, formulada pelo abade de Saint-Pierre e Kant, contudo, sem excluir a necessidade da guerra. Ora, a questão da guerra em si, como diz o título da coluna, é uma imbecilidade. Quem assistir ao filme Terra de Ninguém, do diretor Danis Tanovic constatará o enun...

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Tropa de elite – 2007

No inicio do filme Tropa de Elite o aspirante Matias (André Ramiro) está na faculdade de direito e acidentalmente é colocado no grupo de estudos sobre a obra Vigiar e Punir de Michel Foucault. Interessante é ver como a obra do filósofo francês relaciona-se com o que iremos ver na tela. Foucault examina os modos de exercício do poder e os elementos mediadores (instituições sociais e legislações) de manutenção da ordem. Assim temos o filme Tropa de Elite, que retrata o dia-a-dia do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), a elite da Policia Militar, onde, supostamente, encontraremos os militares honestos e honrados exercendo suas funções, que, entretanto, diante da realidade se vêem levados ao uso de atrocidades para a realização de seu trabalho. É a sociedade...

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Across the universe – 2007

Através do universo, tudo o que precisamos é amor.

O filme Across the Universe é um musical baseado na obra dos Beatles. Leva o espectador a vivenciar o que foi a década de 60, a contracultura, a guerra, os movimentos pacifistas, a liberação sexual. Girl é a primeira música, cantada por Jude (Jim Stugess), nos leva ao inicio de sua jornada do porto inglês de Liverpool ao encontro do pai nos Estados Unidos. Após o encontro com seu progenitor, Jude conhece Max (Joe Anderson) e, através dele, sua irmã Lucy (Evan Wood) por quem se apaixona. Todos, de forma direta ou indireta, são jogados no furacão que é a participação norte-americana na guerra do Vietnam, Max é convocado e Lucy se torna uma militante pacifista. Enquanto Jude se vira como um artista em busca do seu ganha-pão...

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O cinema pensa – 2006

Lançado em 2006, o livro O Cinema Pensa, do filósofo Julio Cabrera (UnB), é a junção, como ele mesmo confessa, de duas paixões: o cinema (que ele devorava nas tardes melancólicas de sua cidade natal, Córdoba) e a filosofia. De um encontro com o semiólogo Christian Metz, Cabrera impressionou-se com a possibilidade de ver o cinema como forma de pensamento, e, décadas mais tarde lança, originalmente na Espanha, o resultado de sua pesquisa: Cine: 100 años de Filosofia – Una Introducción a la filosofia a través del análisis de películas. Discorrendo em 14 capítulos onde relaciona pensadores como Aristóteles ao filme Ladrões de Bicicletas, Bacon a Spielberg, os empiristas a Batman e Tarantino, Heidegger a As Baleias de Agosto, entre tantas relações, Cabrera nos mostra a poss...

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Tapete vermelho – 2006

Cultura, em uma de suas definições, significa cultivar o solo, e uma feliz analogia é o filme Tapete Vermelho. A película relata a saga do caipira Quinzinho (Matheus Nachtergaele) para cumprir promessa feita a seu falecido pai: levar o filho Neco (Vinícius Miranda) ao cinema para assistir a um filme de Mazzaropi, assim como seu pai havia feito com ele. Nesse périplo Quinzinho irá se deparar com uma realidade distinta da que vivenciou anteriormente. O filme rotulado por comédia perpassa em seu enredo problemas sociais como a truculência da polícia, menores abandonados, a questão do latifúndio e principalmente a aculturação. Provocar o riso é a postura filosófica do filme diante da realidade...

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Ponto de encontro – 2006

Na Filosofia Clínica existem dois movimentos existenciais que, em minha opinião, são fundamentais para uma boa relação entre o filósofo clínico e o partilhante: a Inversão (quando me dirijo ao meu mundo) e a Recíproca de Inversão (quando vou em direção ao mundo do outro). No filme Ponto de Encontro, é possível visualizar esses movimentos, que ocorrem de modo informal. O documentário aborda pequenos trechos de vidas de lideranças do “Fórum de Famílias Enlutadas”, formado por palestinos e israelenses que tiveram entes queridos mortos no conflito israel-palestino. 500 famílias em busca da paz entre os povos...

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Zorba, o grego – 1964

Sartre sempre falava que o homem é condenado a ser livre. O filme Zorba é uma bela mostra dos ideais existencialistas. O filme inicia com a chegada do escritor Basil (Alan Bates) à Grécia, e embarcando para Creta com a finalidade de tomar posse da herança deixada por seu pai, uma mina. Enquanto espera a embarcação conhece Aléxis Zorba (Anthony Quinn), um camponês para quem não há o certo e o errado. Quando Zorba concorda em trabalhar na mina abandonada de Basil, inicia-se um aprendizado, e uma mudança, no jovem escritor, ele gradualmente passa de observador passivo do mundo a participante, ao travar contato com uma cultura diferente da sua, diante do novo Basil se recolhe, Zorba o chama à vida...

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