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SÉTIMA ARTE – Publicada em 08 de março de 1967

COMENTANDO: – Qualquer que sejam os aspectos pelos quais as manifestações do homem se apresentem na sociedade, elas trazem, de uma forma ou de outra, a indelével marca de sua personalidade, de seus sentimentos. O Cinema, como linguagem não foge à regra.

Assim é com a obra que seus criadores – aqui, o diretor, o ator, o técnico, etc. – expõem aos olhos de uma plateia em geral, a mais heterogênea possível. Dentro desse conceito de manifestação, ainda que a contragosto dos exigentes, englobam-se desde o mais descalibrado “western” ou a chanchada mais intragável até as realizações que por seu conteúdo, mensagem ou mera exposição da problemática social, conseguem atingir um nível em que a arte em si se faz presente em toda a sua plenitude e em que a tônica é, sem dúvida, o sentimento...

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Sartre e o cinema: crônica de um fracasso anunciado – Julio Cabrera

Como é sabido, Sartre tentou várias vezes aproximar-se do cinema. Em 1931, Simone De Beauvoir disse: “Havia um modo de expressão que Sartre colocava quase tão alto como a literatura: o cinema”. Na sua estada no Brasil em 1960, Sartre considerou o cinema mudo como “uma maravilhosa escola de compreensão, hoje desaparecida”. Desde “Les jeux sont faits”, de Jean Delannoy, de 1947, até “Le mur”, de Serge Roullet, de 1967, passando pelo “Os condenados de Altona” de Vittorio de Sica, de 1962, diversos textos de Sartre foram levados para o cinema. Grandes nomes do cinema (como John Huston, Vittorio Gassman, De Sica) estiveram ligados a alguns destes projetos, mas não adiantou, nenhum deles acabou num filme memorável. O amor de Sartre pelo cinema não foi correspondido.

A mi...

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