A proposta é mudar a máxima “A minha liberdade termina quando começa a dos outros” para “A minha liberdade é garantida pela liberdade dos outros”. A isso chamamos de alteridade, que, como nos lembra o filósofo lituano Emmanuel Lévinas, é a necessidade de apreendermos o outro em sua plenitude, saber ir ao mundo do outro, saber conhecê-lo em relação às minhas verdades sem, contudo, impô-las. E, por meio dessa compreensão, reduzir a possibilidade de conflitos. Pois, “existo” a partir do outro e de sua visão. Em Se eu fosse você, Cláudio (Tony Ramos), publicitário, tem um casamento de longo tempo com Helena (Glória Pires), professora de música; já acomodados ao cotidiano, onde cada um guarda para si seus problemas e conflitos, até que em certo momento cada um ocupa o corpo do ou...
Leia MaisArquivo Mensal março 2013
Algumas pessoas falam que sentir-se velho é um “estado de espírito”, outros “que se trata apenas de um fator biológico”. Bobbio nos diz que o idoso vive ‘de’ e ‘em função’ das lembranças e que o tempo da memória corre em contraposição ao tempo real, ou seja, a vivência torna-se mais presente nas lembranças. A filósofa francesa Simone de Beauvoir traça um quadro realista e trágico em relação aos idosos e a nossa sociedade: “é um segredo vergonhoso e um assunto proibido”. A velhice reflete-se também na existência social, bem como na questão da sexualidade do indivíduo. O filme Elsa e Fred leva-nos a reformular alguns pré-juízos referentes a uma suposta velhice assexuada...
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